Temporal progress and spacial pattern of brown rot epidemics on peach / Progresso temporal e padrão espacial de epidemias da podridão parda do pessegueiro

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A podridão parda do pessegueiro é uma das principais doenças da cultura no Estado de São Paulo e na maioria das regiões produtoras do mundo. No Brasil, seu agente causal é o fungo Monilinia fructicola (Wint) Honey, que infecta ramos, flores e frutos tanto em pré como em pós-colheita. A compreensão do comportamento epidemiológico da podridão parda do pessegueiro em condições tropicais é fundamental para o estabelecimento de estratégias de controle mais eficientes nos pomares brasileiros. Neste contexto o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o progresso temporal e a distribuição espacial da epidemia da podridão parda do pessegueiro, em pomares comerciais sob condições naturais de infecção. O estudo foi realizado em áreas comerciais não tratadas e tratadas com fungicidas, em dois pomares no Estado de São Paulo, em 2005 e 2006. Realizaram-se amostragens quinzenais de frutos durante 3 meses após o florescimento. Foram colhidos, pelo menos, 300 frutos por amostragem, os quais foram tratados com o herbicida gramoxone para detecção da infecção latente. A análise temporal dos dados foi realizada por regressão não-linear entre a incidência da doença e o tempo, enquanto a distribuição espacial de frutos doentes foi avaliada por meio do índice de dispersão (D) e da lei de Taylor modificada, que relacionam variâncias observada e binomial. Nos dois anos e locais estudados, a podridão parda apresentou tendência de crescimento exponencial, com baixa incidência no início das amostragens e aumento expressivo no início da maturação dos frutos. O modelo exponencial apresentou melhor ajuste aos dados, nos dois anos e locais de estudo. Em 2005, a incidência da doença chegou a valores máximos no ponto de colheita, atingindo 70% em frutos de plantas tratadas e 66,4% nos de não tratadas. Nesse ano, a incidência da podridão parda em frutos de plantas sem e com fungicidas não diferiram entre si (P>0,05), tanto nos parâmetros do modelo quanto na área abaixo da curva de progresso da doença (AUDPC). Em 2006, as curvas de progresso da doença, para frutos de plantas não tratadas com fungicidas, foram semelhantes entre si e caracterizaram-se pelo rápido aumento da incidência de infecções a partir da maturação dos frutos, chegando, na última avaliação, a 59,17% em Holambra II e 74,37% em Jarinu. O controle químico foi eficiente em 2006, havendo baixa incidência de podridão parda em frutos de plantas tratadas, durante toda safra e nos dois locais. No pomar avaliado em 2005, a agregação de frutos doentes (4,7

ASSUNTO(S)

peach saptial distribution podridão (doença de planta) distribuição espacial epidemiologia rot (plant disease) epidemiology pêssego

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