The study of the genetic material of human DNA (nuclear) in bone tissue under the action of various temperatures / O estudo do comportamento do material genetico humano (DNA nuclear) em tecido osseo sob a ação de diversas temperaturas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Um exame de DNA pode ser o único e essencial instrumento para o esclarecimento de um inquérito policial, pois qualquer material deixado no local da investigação, de onde os peritos consigam extrair DNA, pode ser a principal prova contra o autor do delito. A tecnologia atual permite a realização da genotipagem de DNA a partir de quantidades pequenas de amostras biológicas. Em casos de crimes, a evidência biológica encontrada, vestígio, pode ser confrontada com amostra do suspeito e o laudo pode ser utilizado como prova em um processo judicial. O sucesso da análise depende do estado do material analisado. O grau de deterioração, a forma de conservação e o tempo decorrido podem influenciar o resultado ou impedir a identificação. Em casos de carbonização de corpos, comuns em acidentes aéreos, automobilísticos e alguns homicídios os ossos carbonizados são o material humano de primeira escolha para a análise de DNA sendo, o material genético obtido pela coleta de amostras da região do corpo melhor preservada. O estudo do comportamento do material genético humano ainda é muito controverso no meio científico, já que existem poucos trabalhados na área sobre o tempo de exposição e o grau da temperatura de degradação do DNA. Neste trabalho foi proposto analisar o comportamento de material genético humano (DNA Nuclear) obtido de amostra biológica (tecido ósseo) submetido à exposição às temperaturas de 100ºC, 200ºC, 300ºC, 400ºC, 500ºC e 600ºC, por intervalo de tempo de 10, 20 e 30 minutos. Possibilitando através dos resultados a confecção de um protocolo confiável para extração de DNA de ossos carbonizados. O grupo de estudo foi constituído de 50 (cinqüenta) cadáveres não identificados. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que o método investigativo através do DNA possui várias vantagens sobre outros meios de identificação, como por exemplo, sorologia tradicional, antropologia forense, impressão digital, tomadas radiográficas, entre outros. Quando a estrutura óssea foi submetida à temperatura de 100ºC à 300ºC pelo período de 30 minutos, foi possível proceder-se a identificação humana por meio da análise do exame de DNA. O nosso estudo avaliou a degradação do DNA tomando-se por base a quantidade de marcadores amplificados. Em um procedimento de análise normal do sistema comercial multiloci através da técnica da PCR esperávamos amplificar até 16 (dezesseis) marcadores genéticos. Obedecendo ao protocolo internacional preconizado pelo programa CODIS do FBI, para assegurar uma identificação humana, se faz necessária uma amplificação mínima de 13 marcadores. Nas amostras submetidas a temperaturas de 400 ºC constatamos a degradação de 90,62% do material, ou seja, das 16 amplificações esperadas e exigidas pelo programa CODIS, apenas encontrou-se um marcador, dado insuficiente para uma identificação humana. Assim como, o estudo mostrou em 100% das amostras submetidas à temperatura acima de 500ºC por um período acima de 10 minutos seria suficiente para a degradação completa do DNA Nuclear, demonstrando a temperatura máxima que um osso do corpo humano pode sofrer

ASSUNTO(S)

degradação degradation

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