Trabalhadores do ensino e sindicato : uma relação de conflito - os professores da rede de ensino oficial do Estado de São Paulo e a APEOESP de 1978 a 1987
AUTOR(ES)
Amilton Carlos Gerolomo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Esta monografia é o estudo das relações dos gestores do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) com os trabalhadores do Ensino, no período de 1978 a 1987. A denominação de gestores lhes faz jus. Mesmo com estes se posicionando contra o capitalismo e favoráveis aos trabalhadores, ao tomarem a liderança do sindicato, foram desencadeadas várias articulações para manter seu domínio, através do controle das ações e caminhos percorridos nas lutas dos professores, impedindo a autonomia dos trabalhadores do ensino. No final dos anos 70, os metalúrgicos do ABC, os trabalhadores da cidade de São Paulo, seguidos pelos professores empreitaram uma greve fora dos sindicatos. Em 1978, se desencadeou a greve na capital paulista, se alastrando por quase todas as escolas do Estado. Reivindicava-se melhores salários. Os professores eram contrários aos gestores, que exerciam uma liderança ambígua: posicionando-se ao lado dos professores, para não perderem o apoio destes e, ao lado do governo, articulando o fim da greve. Deste modo, representavam o sindicalismo do período do governo militar. A partir de 1981, um grupo de professores que esteve à frente da categoria, e se denominava vanguarda das lutas, chegou à direção da APEOESP, pretendendo levar a consciência proletária aos professores, considerados por aqueles como pequenoburgueses. Aprofundaram as mudanças iniciadas pela gestão anterior. Respaldadas nas práticas do novo sindicalismo que se formaram durante as greves de 78, na região do ABC paulista. Foi implantada a eleição pelo voto direto a todos os cargos da entidade, reanimaram os congressos como instância máxima de deliberação, acabaram com as comissões, institucionalizando os Representantes de Escola (RE) e o Conselho de Representantes (CR) e centralizando todas as deliberações dos trabalhadores do ensino nas instâncias de poder da APEOESP. Contudo, os gestores da APEOESP não limitaram as ações dos professores, pois os encaminhamentos feitos em assembléia geral eram avaliados nas unidades escolares, conforme os interesses dos trabalhadores do ensino. Quando a resposta dos professores era não às deliberações, os gestores os denominavam de ingênuos, malufistas e até de reacionários
ASSUNTO(S)
associacao dos professores do ensino oficial do estado de sao paulo professores -- sindicatos -- sao paulo (estado) apeoesp historia
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5707Documentos Relacionados
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