Tratamento do linfoma de Hodgkin após falha do transplante autólogo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-08

RESUMO

O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia do tecido linfóide de excelente prognóstico, porém, aproximadamente 15% dos pacientes em estádios precoces e 35% dos em estádios avançados progridem após o tratamento inicial. O transplante autólogo de medula óssea ou de células-tronco periféricas (ATMO) é o tratamento de escolha nesses casos. Nosso estudo tem como objetivo avaliar o tipo de tratamento utilizado, a taxa de resposta e a sobrevida de pacientes recidivados ou refratários ao ATMO. De 38 pacientes com LH submetidos a ATMO entre abril de 1996 e novembro de 2005, foram avaliados 17 que apresentaram recidiva/refratariedade ao ATMO. Nesses casos, o tratamento de resgate foi individualizado, a depender das condições clínicas de cada um, sendo constituído usualmente de drogas citotóxicas não utilizadas previamente. Após o ATMO, dez (59%) dos 17 pacientes obtiveram remissão completa, um (6%) remissão parcial e seis (35%) foram refratários. Em 14 dos 17 pacientes foi instituída quimioterapia de resgate com diversos esquemas no momento da recidiva/refratariedade após ATMO; um paciente foi tratado com radioterapia exclusiva e dois foram a óbito antes de qualquer terapia. Observamos uma taxa de resposta global de 57,4% (IC95%: 23,2 - 90,7%). A mediana da sobrevida livre de progressão foi de 19 meses e a mediana de sobrevida global foi de 32 meses. Apesar do LH recidivado/refratário ao ATMO não ser curável com os quimioterápicos atualmente disponíveis, os pacientes apresentaram longa sobrevida, com freqüentes exacerbações da doença.

ASSUNTO(S)

linfoma de hodgkin transplante de medula óssea doença recidivada doença refratária

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