Tratamento e valorização de dejetos da suinocultura através de processos anaeróbios: operação e avaliação de diversos reatores em escala real
AUTOR(ES)
Rui Guilherme Cavaleiro de Macedo Alves
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Neste trabalho foram operados e avaliados diversos reatores de digestão anaeróbia construídos em escala real numa propriedade de média produção de suínos, sob condições climáticas do sul do Brasil. O caráter inovativo do trabalho foi assegurado pela configuração do tratamento do efluente clarificado através da seqüência lagoa de decantação lagoa anaeróbia reator UASB. Uma parcela dos sólidos sedimentados na lagoa de decantação, correspondente a vazão de 0,86 m3/dia, alimentou um biodigestor de lodo. A operação do sistema de tratamento se deu em duas fases, chamadas FASE 1 - de Alta Carga - e FASE 2 - de Baixa Carga, caracterizadas pela diminuição das vazões de alimentação do sistema de tratamento, de 9,0 m3/dia para 6,8 m3/dia. As cargas aplicadas (COV) nos reatores foram de 0,07 kg SVT/ m3.dia, na lagoa anaeróbia; 1,27 - 1,51 kg DQO/m3.dia, no reator UASB; e 0,79 - 1,22 kg ST/m3.dia, no biodigestor de lodo. A lagoa de decantação foi operada com taxa de aplicação superficial (TAS) de 0,13 - 0,18 m3/m2.dia. O sistema de tratamento apresentou eficiência de remoção de DQO variando de 82 a 85%, de DBO, de 89 - 93%, de ST, de 21,7 - 55,3% e de Ssed, de 98,6 a 99,5%. No biodigestor de lodo as eficiências de remoção da DQO e DBO foram de 51 - 71% e de 58 - 82%, respectivamente; a produção média de biogás foi de 6,26 m3/dia, com produção específica de 0,17 m3 biogás/kg ST.dia. A partida dos reatores com inóculo de dejetos suínos foi considerada improdutiva. A taxa de crescimento da biomassa nos reatores foi de 0,047, 0,030 e 0,163 kg SVT/m3.dia, para a lagoa anaeróbia, reator UASB e biodigestor de lodo, respectivamente.
ASSUNTO(S)
digestão anaeróbica biogás suino - esterco reatores anaeróbios engenharias suino - criação
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