Tratamento farmacológico das psicoses na epilepsia
AUTOR(ES)
Guarnieri, Ricardo, Hallak, Jaime Eduardo Cecílio, Walz, Roger, Velasco, Tonicarlo Rodrigues, Alexandre Júnior, Veriano, Terra-Bustamante, Vera Cristina, Wichert-Ana, Lauro, Sakamoto, Américo Ceiki
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-03
RESUMO
A epilepsia é uma das causas mais comuns de incapacidade funcional. Comorbidades psiquiátricas, como as psicoses, estão freqüentemente associadas à epilepsia. Psicoses na epilepsia (PNE) requerem tratamento farmacológico mais cuidadoso, levando-se em conta a propensão dos antipsicóticos (AP) em provocar crises convulsivas e o risco de interação farmacocinética com as drogas antiepilépticas (DAE). Após uma breve descrição da classificação e das principais características clínicas das PNE, foram discutidos alguns aspectos gerais do tratamento farmacológico das PNE e o uso de AP típicos e atípicos, destacando seu potencial para diminuir o limiar epileptogênico (LE), bem como possíveis interações AP/DAE. Os AP atípicos, à exceção da clozapina, demonstraram exercer menor influência sobre o LE. Quanto às interações farmacocinéticas, as principais DAE estiveram relacionadas com um aumento importante do metabolismo dos AP. Portanto, apesar do risco para convulsões por AP ser dose-dependente, doses mais elevadas de AP podem ser necessárias no tratamento das PNE.
ASSUNTO(S)
transtorno psicótico epilepsia agentes antipsicóticos terapêutica
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