Triagem auditiva em hospital público de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: deficiência auditiva e seus fatores de risco em neonatos e lactentes

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

O objetivo do trabalho foi estimar a prevalência de deficiência auditiva em crianças de hospital público de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e investigar sua associação com fatores de risco descritos na literatura. O estudo transversal, retrospectivo, analisou 798 neonatos e lactentes, avaliados no Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal entre junho de 2002 e dezembro de 2003. Foram pesquisados os fatores de risco estabelecidos pelo Joint Committee on Infant Hearing em 1994, e por Azevedo em 1996, além da prematuridade. A prevalência de deficiência auditiva foi de 1,8% (15 casos). Foi realizada análise multivariada por regressão logística para verificação da associação entre fatores de risco e perda auditiva, que revelou associação estatisticamente significativa (valor p < 0,05) entre perda auditiva e: suspeita de surdez por parte dos familiares, hiperbilirrubinemia (exsangüíneo transfusão), medicação ototóxica, peso ao nascer menor que 1.500g. Confirma-se prevalência significativa de déficit auditivo em neonatos e lactentes; portanto, deve ser dada atenção aos fatores de risco que aumentam as chances de ocorrência do problema. Verifica-se a importância de programas de saúde auditiva que contemplem prevenção, diagnóstico precoce e intervenção.

ASSUNTO(S)

perda auditiva fatores de risco triagem neonatal saúde infantil

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