Understanding the mechanisms of glutamine action in critically ill patients
AUTOR(ES)
Oliveira, Gisele P., Dias, Cristina M., Pelosi, Paolo, Rocco, Patricia R.M.
FONTE
Anais da Academia Brasileira de Ciências
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
A glutamina (Gln) é uma importante fonte de energia e tem sido usada como substrato energético suplementar. Além disso, a Gln é um componente essencial para numerosas funções metabólicas tais como: homeostase ácido-base, gliconeogênese, transporte de nitrogênio e síntese de proteínas e ácidos nucléicos. Portanto, a glutamina desempenha um papel importante na homeostase celular e no metabolismo dos órgãos. Esse artigo objetiva rever os mecanismos de ação da glutamina na doença grave. Em pacientes criticamente enfermos, o aumento da mortalidade foi associado com uma diminuição de Gln plasmática. Durante o estresse catabólico, o consumo de Gln excede a oferta, e a quantidade de glutamina livre no plasma e músculo esquelético encontra-se reduzida. A dose e via de administração da Gln claramente influencia sua eficácia: alta dose por via parenteral parece ser mais benéfica do que uma dose baixa administrada por via enteral. Estudos experimentais relataram que Gln protege as células, tecidos, e todo o organismo do estresse através dos seguintes mecanismos: atenuação na ativação do fator nuclear (NF)-kB, balanço entre citocinas pró- e anti-inflamatórias, redução no acúmulo de neutrófilos, melhora na integridade intestinal e função mune celular, e aumento da expressão da proteína de choque térmico. Em conclusão, o uso de glutamina em altas doses e por via parenteral (>0,50 g/kg/dia) demonstrou ser benéfica em pacientes criticamente enfermos, embora os mecanismos fisiopatoló-gicos necessitam ser melhor elucidados.
ASSUNTO(S)
proteína de choque término apoptose citocinas glutamina