Uso do Doppler vascular para detectar o efeito agudo do estradiol em mulheres na pós-menopausa
AUTOR(ES)
Clapauch, Ruth, Mattos, Tatiana M, Uchoa, Helena BMP, Ferreira, Andrea SR, Bonisson, Vinicius G, Lopes, Érika L, Nascimento, Isabel CS, Bouskela, Eliete
FONTE
Clinics
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
OBJETIVO: Descrever um teste simples e prático para avaliar o efeito vascular agudo do estradiol em mulheres saudáveis e não-saudáveis na menopausa. INTRODUÇÃO: O estradiol atua no endotélio promovendo vasodilatação através de mecanismos genômicos e não-genômicos e esta ação pode estar prejudicada em morbidades como diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo e obesidade. MÉTODOS: Dezenove mulheres na pós-menopausa (9 saudáveis e 10 com dois ou mais dos fatores acima), com idade e tempo de menopausa semelhantes foram examinadas por Doppler vascular. O índice de resistência e as velocidades de fluxo sistólico e diastólico foram medidos nas artérias braquial e carótida, em condições basais e 20 min após a administração de uma preparação nasal de estradiol, disponível comercialmente, que atinge 1200 a 1500 pg/ml no soro, entre 10 e 30 min após a aplicação. Os níveis séricos de estradiol foram determinados 30 min após a aplicação nasal. RESULTADOS: O índice de resistência da artéria carótida aumentou em 14,2% (vasoconstricção) após o estradiol no grupo não-saudável, partindo da média ± SE de 0,56 ± 0,016 para 0,64 ± 0,05 (p=0,033) e não se modificou nas mulheres saudáveis. A velocidade de fluxo diastólico da artéria braquial aumentou 19,7% (vasodilatação) nas mulheres saudáveis, partindo de 16,2 ± 1,93 para 19,4 ± 0,64 cm/s (p=0,046) e não apresentou alteração nas não saudáveis. Os níveis de estradiol foram semelhantes nos dois grupos. DISCUSSÃO: Nas mulheres saudáveis na menopausa houve vasodilatação da artéria braquial e nas não-saudáveis vasoconstricção na artéria carótida. A resposta vascular ao estradiol foi divergente entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: O teste com estradiol agudo, associado ao Doppler vascular, parecem diferenciar, de forma simples e não-invasiva, mulheres com função endotelial normal e anormal.
ASSUNTO(S)
terapia de reposição hormonal estrogênio endotélio vascular vasodilatação vasoconstricção
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